Estou em casa me preparando para pegar a estrada e encarar 530 Km, quase seis horas dirigindo entre Balneário Camboriú e Porto Alegre, mas “precisei” parar uns minutos e escrever uma coluna ao estilo #factual para este espaço. O assunto pronto, analisado e previsto para hoje, fica para outro dia.
O momento pede jornalismo ao calor dos fatos.
Tenho acompanhado nas últimas semanas os preparativos para a inauguração da nova base brasileira na Antártica pelo governo federal. A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) tem projeto arquitetônico do Estúdio 41, de Curitiba, mas foi construida por uma empresa chinesa vencedora de licitação internacional depois de um longo processo do país em busca de investidores interessados e capazes de tocar a empreitada.
E a nova casa ficou pronta
Só que a Antártica também é Antartida, Antarctica, e qualquer que seja a origem de quem passa por lá, é certo que precisa aprender a língua local.
Antártica extrema
A natureza manda quem chega, quando e por quanto tempo fica. Hoje, as condições do tempo, não permitem o voo entre Punta Arenas, no Chile, e a Península Antártica. E a entrega oficial fica, previamente, reagendada para amanhã – no horário que der, vale complementar!
É realmente singular que a natureza, essa força e mãe que tanto tem sofrido com ações e deixada em risco por decisões e tentativas de mudanças na legislação, seja protagonista em barrar os planos do governo. Acredito que vale, no mínimo, considerar.
Comitivas governamentais, de pesquisadores ou jornalistas muitas vezes são impedidas de fazer o deslocamento por causa da falta de segurança naquela região. É comum. A natureza é soberana. O extraordinário agora é que o fato tenha novamente se repetido num dia tão esperado.
Sustentável e bela
A nova EACF é considerada uma obra de arte. Com soluções de sustentabilidade e auto suficiência energética de fontes renováveis, a edificação está entre as mais modernas bases já instaladas pelos países que integram o Tratado Antártico. O documento regulamenta as ações militares de apoio à pesquisa científica na região com vistas ao bem comum, a colaboração entre as nações.
Ouso afirmar que internamente, aqui mesmo no Brasil, precisamos ser mais colaborativos, dar os louros a quem de direito e honrar as forças naturais que nos mantém ativos e realizadores.
Esperemos pela inauguração da nova base brasileira na Antártica. Amanhã.