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Coloque C (de Comunicação) no ESG

Você já deve ter percebido três letras que aparecem com frequência nos noticiários, redes sociais e publicações educacionais: ESG – a sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa (Environmental, Social and Governance). Com elas, novas dúvidas e oportunidades surgem para empresas, empreendedores, profissionais e organizações civis. 

As questões ligadas à economia na definição clássica de Sustentabilidade, ganharam contexto mais estratégico pelo viés do mercado financeiro; já a governança e as práticas de conformidade vieram para a vitrine, ao lado dos impasses e da briga de interesses ambientais e sociais, bem mais conhecidos. São mais métricas, sim, e mais trabalho com possibilidade de reconhecimento e de novos negócios. 

Hora de aprender e compartilhar ações, erros e conquistas.

O momento é de percorrer o caminho das incertezas, mesmo que o termo ESG não seja exatamente novo. Em janeiro de 2004, durante uma reunião com mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras internacionais, o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, fez o desafio público para que o mercado de capitais adotasse práticas conjuntas em defesa dos princípios ESG combinados com a busca pelo lucro das empresas. 

Aqui e ali surgiram iniciativas. Mas o termo ganhou potência mesmo a partir de 2020, com a Carta aos CEOs do investidor Larry Fink, o poderoso da poderosa BlackRock – maior gestora de fundos financeiros do mundo, com cerca de US$ 10 trilhões de ativos sob gestão. No documento, Fink advertia que o “risco climático era um investimento de risco”. E a sustentabilidade se tornou fator preponderante na decisão de quais negócios passam a receber aportes. Recentemente, em maio, o relatório BlackRock Investment Stewardship (BIS), apontou que, em 2022, a gestora apoiará menos propostas climáticas que em 2021. 

É o fim do ESG?

Apesar da desconfiança de parte da sociedade, não é o fim antecipado de uma postura que chegou ‘com atraso’  ao mercado corporativo. O pessoal da BlackRock justificou a mudança com declarações de que alguns acionistas que buscavam investimentos, chegavam com propostas que beiravam mais o ativismo que o lucro responsável. Foram aprovadas as iniciativas “coerentes com o longo prazo, a criação de valor para os investidores e não constrangiam indevidamente a gestão das companhias”. 

Ficou claro também que a gestora passa a “apoiar apenas os negócios de acionistas que apresentam transparência nas informações ou dados que lhes auxiliem a entender os riscos e oportunidades aos quais está exposta no longo prazo”. ESG puro. Certo?

Neste contexto ganham ainda mais relevância o estabelecimento de metas claras e transversais entre todos os atores envolvidos na cadeia de valor da empresa – seja ela do tamanho que for, definição e controle de métricas, rotinas de atração e difusão das melhores soluções e processos. Se você parar para pensar, vai concordar comigo que a premissa para tudo isso é a transparência organizacional. Ou, simplificando, comunicação clara e eficiente.

Sobre a posição estratégica da comunicação em todas as etapas ESG no ambiente corporativo, eu voltarei a falar nos próximos dias. Essa é a motivação que fez eu parar e começar essa rotina de reflexão com vocês aqui.

Todas as declarações, até agora, indicam que a BlackRocks não abandonou o protagonismo em buscar formas de reduzir o risco climático. Bem ao contrário. Fica evidente que o compromisso maior da maior gestora internacional de ativos é com a sustentabilidade de longo prazo, muito além de paixões ideológicas ou do ativismo político. 

“O BIS está focado em apoiar as empresas à medida que abordam os desafios materiais de negócios que enfrentam, incluindo a transição de décadas para uma economia de baixo carbono. Nas nossas determinações de voto é crucial que tomemos em consideração o contexto em que as empresas estão operando seus negócios. À medida que engajamos as empresas em um diálogo ativo sobre os riscos e oportunidades relacionados ao clima em seus modelos de negócios, defendemos medidas alinhadas com os interesses de nossos clientes como acionistas de longo prazo.”

Pessoas sobrevivem e prosperam a partir da geração de riquezas num cenário onde existe responsabilidade empresarial presente e futura, o que só é possível num cenário de Vida e Planeta sustentáveis. 

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