Trafegar pelas estradas de terra e pedras é, na própria experiência, um aprendizado. Nossa equipe sobe em caminhões pau de arara, normalmente muito velhos e adaptados para o transporte de passageiros – e que teimam em desafiar o bom senso – para chegar a pontos remotos do sertão nordestino. No mesmo dia o transporte pode ser em automóveis alugados ou numa carroceria de camionete. O importante é chegar cedo. A equipe de triagem é sempre a primeira a abrir o trabalho. E já entra no posto em meio a uma fila formada. Muita gente também veio em paus de arara, motos, a pé, de comunidades distantes para conseguir uma consulta com oftalmologista, para ir pela primeira vez a um dentista.
“Medicina em áreas remotas consiste em trabalhar com recursos limitados, sob condições extremas e em situações adversas. Se você não tiver esta resiliência e essa adaptabilidade é impossível trabalhar e obter resultado.” Karina Oliani

Entre muitas histórias marcantes, talvez a mais “curiosa” foi vivida numa visita domiciliar. A equipe chegou a casa no final da tarde para avaliar um caso de febre reumática numa criança. A família tinha acabado de abater um carneiro e parte da carne secava pendurada num gancho que pendia do teto da cozinha. Dona “De Jesus”, apelido da dona Maria Luiza de Jesus, recebeu todos com alegria e acompanhou a consulta da filha, a pequena Laurinete, de três anos. Na saída ela quis agradecer. Com desprendimento oferece uma pata do carneiro para uma integrante da equipe, que agradece a gentileza. Mas ela insiste. E insiste! Com toda a sensibilidade que caracteriza Beta Recorder, cineasta e “vegana”, ela consegue fazer a mulher desistir da oferta. Gustavo aparece, e ajuda fazendo uma foto da dona da casa com os tatus de estimação. A história ele compartilhou com todos. A experiência vai usar pelo resto da vida.https://youtu.be/p5vgBAJPXQQ










Gislene Bastos / Autor / 15 de novembro de 2017
Beijo, Ivone Mafra!
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Ivone Mafra / 9 de novembro de 2017
Parabéns , grande atitude. Deus abençoe a todos.
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Gislene Bastos / Autor / 7 de novembro de 2017
Oi Rosangela!
A emoção também é um dos fatores que nos mobiliza. Beijo
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Rosangela / 4 de novembro de 2017
Que maravilha !!!! Emocionada demais
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