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O que Curitiba pode ensinar aos BRICS

Curitiba BRICS por do sol
Começa pelo Brasil, precisamente por Curitiba, as negociações 2019 da cúpula dos BRICS – o grupo de cooperação econômica formado pelo Brasil , Rússia, Índia, China e África do Sul – país que entrou em 2011, dez anos depois do início das atividades do grupo original. Mesmo não tendo territórios ligados, como é o caso da União Europeia, o bloco negocia políticas e ações integradas, tem influência internacional e mantém o diálogo interno, colaborando para o crescimento integrado dos países membros. No ano passado 30% das exportações brasileiras foram para os outros quatro integrantes dos BRICS.

Desde 2009 o grupo realiza cúpulas anuais. A próxima está marcada para novembro, em Brasília, no Distrito Federal. O Brasil está com a presidência rotativa dos BRICS e por isso tem a responsabilidade de propor temas e coordenar uma série de encontros preparatórios ao longo do ano.

A abertura na noite desta quarta-feira vai fechar ruas nas imediações do Memorial Curitiba, onde será a solenidade oficial. Já as  negociações vão ocorrer quinta e sexta-feira no  Salão de Atos do Parque Barigui, entre os vice-ministros de relações internacionais dos cinco países.

Serão as primeiras conversas e por isso mesmo, conforme o Itamaraty, o tom esperado é muito amigável e de definição das prioridades para o ano. Também será feita uma avaliação das medidas em andamento.
Ainda assim, o Brasil chega ao encontro com propósitos claros, como a busca de cooperação em ciência, tecnologia e inovação – lembre que Índia, China e mesmo a África do Sul estão entre as referências em economia digital no mundo. Tem ainda a busca de parcerias para combater crimes praticados em mais de um país, os chamados ilícitos transnacionais, e que quase sempre tem forte ligação com ações de corrupção.

O Brasil também quer maior financiamento para a atividade produtiva. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o país tem o maior potencial para suprir o aumento da demanda por alimentos em nível mundial nas próximas décadas.  Atualmente o Brasil é um dos que menos crescem no bloco – que tem na Índia a liderança em crescimento acelerado e consistente.

Essa é a terceira vez que o Brasil recebe o encontro dos líderes dos BRICS. Em 2010 a cúpula foi realizada em Brasília, 2014 em Fortaleza, e agora volta ao Distrito Federal.

A escolha de Curitiba para marcar o início dos trabalhos não é por acaso. A capital do Paraná segue como protagonista em inovação – com um ambiente empreendedor e uma geração de startups que se diferenciam no cenário nacional. Nos últimos anos soluções gestadas aqui se consolidaram com impactos na economia da cidade e na qualidade de vida das pessoas. Políticas públicas voltadas para a área do empreendedorismo digital passaram a ser criadas. E desde os primeiros resultados da Força Tarefa da Lava Jato, em 2014, que Curitiba se tornou também uma espécie de ícone para a recuperação da ética em todos os níveis: nas empresas – e principalmente, no setor público.
Tomara que essa responsabilidade personificada pela cidade sede temporária dos BRICS se integre aos diálogos – que começam esta semana mas vão seguir nos meses seguintes.
Do fechamento da Rua XV no centro ao tráfego de veículos motorizados, com a criação da Rua das Flores, passando por projetos pioneiros de integração no transporte coletivo – e agora pelas startups de saúde, construção civil, agricultura…. Curitiba tem mostrado continuamente que é aberta – e tem um longo relacionamento – com o novo!
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