Tornar os processos produtivos mais ágeis e com maior eficiência no aproveitamento dos recursos disponíveis em toda a cadeia da agroindústria é fundamental para ampliar a produção ao mesmo tempo em que se protege o meio ambiente. Entre as lideranças mais avançadas e atuantes, presentes na Digital Agro 2022, realizada em Curitiba, alguns caminhos parecem consenso e foram repetidos por diferentes lideranças. Necessariamente, as soluções passam pela adoção de práticas inovadoras em todos os estágios da produção, integração de dados por meio de novas tecnologias e compromisso obstinado pelos conceitos de sustentabilidade e ESG. Biotecnologia, empreendedorismo, digitalização, ESG, plataformas digitais, alimentos do futuro. Tudo ao mesmo tempo. Agora!
Você já parou para avaliar as oportunidades que o momento atual – mega desafiador – no setor de produção de alimentos pode trazer para você, profissional, ou para a sua empresa?
As conexões possíveis e necessárias entre o campo, a cidade e as novas tecnologias
O agronegócio potencializa resultados a partir de inovações. Depois de adotar o plantio direto, que é o sistema de manejo com baixa interferência de máquinas visando a conservação e a recuperação do solo para aumento da produtividade, os empresários rurais agora vivem os avanços e desafios da digitalização. A agricultura 5.0 coloca fazendas e toda a cadeia produtiva no compromisso de continuar altamente eficiente – e também sustentável.
As principais marcas do agro estiveram presentes em mais de 40 estandes da Digital Agro – a maior feira de inovação e tecnologia do agro no Brasil. Foram 20 palestrantes nacionais e internacionais que compartilharam visões e caminhos de crescimento para produtores, startups e investidores. Criada em 2017, a Digital Agro foi realizada até o ano passado em Carambeí (PR), sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial, promotora do evento. Este a Digital Agro teve a co-organização da StartSe e apoio da Fundação ABC.
Auke Dijkstra Neto, gerente de Estratégia e Inovação da Frísia, destacou que “a velocidade com que as coisas estão mudando é muito maior nessa geração e é necessário estar preparado e preparando a equipe para não ser pego de surpresa.”
Diante de uma realidade ainda muito manual e com acesso pequeno por muitos produtores aos meios digitais, empresas como a Bushel prometem integrar os dados já disponíveis. “Não se trata de uma competição. A gente está falando de segurança alimentar. Então, precisamos produzir de forma mais eficiente para poder entregar comida para um mundo que está sempre crescendo”, salientou Felipe Gonzalez, líder da Bushel na América Latina.
Rob Trice, fundador da Better Food Ventures, empresa do Vale do Silício, nos Estadfo Unidos, fez uma apresentação em que traçou caminhos para alimentar 10 bilhões de pessoas em 2050. Melhorar os modelos de colaboração atuais, segundo ele, faria o setor sair da posição de apenas olhar para os problemas, para realmente encontrar soluções em escala. “Existem coisas simples que nós precisamos fazer. Coisas bobas, como parar de desperdiçar alimentos. E isso tem relação com a agricultura digital. É preciso compartilhar os dados e descentralizá-los em toda a cadeia.”
Vamos em frente, então! Abertos ao novo e colaborativos. Uma receita que está na base do conceito ESG.
